sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Os planetas do sistema solar



O nosso sistema solar consiste de uma estrela média, a que chamamos o Sol, os planetas MercúrioVénusTerraMarteJúpiterSaturnoÚranoNeptuno e Plutão. Inclui: os satélites dos planetas; numerosos cometasasteróides, e meteoróides; e o espaço interplanetário. O Sol é a fonte mais rica de energia electromagnética (principalmente sob a forma de calor e luz) do sistema solar. A estrela conhecida mais próxima do Sol é uma estrela anã vermelha chamada Proxima Centauri, à distância de 4.3 anos-luz. O sistema solar completo, em conjunto com as estrelas locais visíveis numa noite clara, orbitam em volta do centro da nossa galáxia, um disco em espiral com 200 biliões de estrelas a que chamamos Via Láctea. A Via Láctea tem duas pequenas galáxias orbitando na proximidade, que são visíveis do hemisfério sul. Têm os nomes de Grande Nuvem de Magalhães e Pequena Nuvem de Magalhães. A galáxia grande mais próxima é a Galáxia de Andromeda. É uma galáxia em espiral, tal como a Via Láctea, mas é 4 vezes mais massiva e está a 2 milhões de anos-luz de distância. A nossa galáxia, uma de biliões de galáxias conhecidas, viaja pelo espaço intergaláctico.
Os planetas, a maior parte dos satélites dos planetas e os asteróides giram em volta do Sol na mesma direcção, em órbitas aproximadamente circulares. Se olharmos de cima do polo norte solar, os planetas orbitam num sentido anti-horário. Os planetas orbitam o Sol num mesmo plano, ou próximo, chamado a eclíptica. Plutão é um caso especial, porque a sua órbita é a mais inclinada (18 graus) e a mais elíptica de todos os planetas. Por isso, durante uma parte da sua órbita, Plutão está mais perto do Sol do que Neptuno. O eixo de rotação da maior parte dos planetas é aproximadamente perpendicular à eclíptica. As excepções são Úrano e Plutão, que estão inclinados para um lado.

Composição do Sistema Solar

O Sol contém 99.85% de toda a matéria do Sistema Solar. Os planetas, que se condensaram a partir do mesmo disco de matéria de onde se formou o Sol, contêm apenas 0.135% da massa do sistema solar. Júpiter contém mais do dobro da matéria de todos os outros planetas juntos. Os satélites dos planetas, cometas, asteróides, meteoróides e o meio interplanetário constituem os restantes 0.015%. A tabela seguinte é uma lista da distribuição de massa no nosso Sistema Solar.
  • Sol: 99.85%
  • Planetas: 0.135%
  • Cometas: 0.01% ?
  • Satélites: 0.00005%
  • Planetas Menores: 0.0000002% ?
  • Meteoróides: 0.0000001% ?
  • Meio Interplanetário: 0.0000001% ?

Espaço Interplanetário

Quase todo o sistema solar, em volume, parece ser um vazio completo. Longe de ser um nada absoluto, este "espaço" vácuo compõe o meio interplanetário. Inclui diversas formas de energia e pelo menos dois componentes materiais: poeira interplanetária e gás interplanetário. A poeira interplanetária consiste de partículas sólidas microscópicas. O gás interplanetário é um ténue fluxo de gás e de partículas carregadas, principalmente protões e electrões -- plasma -- que flui do Sol, chamado o vento solar.
O vento solar pode ser medido de uma nave espacial, e tem um efeito importante sobre as caudas dos cometas. Também tem um efeito mensurável no movimento das naves espaciais. A velocidade do vento solar é cerca de 400 quilómetros (250 milhas) por segundo nas proximidades da órbita da Terra. O ponto em que o vento solar atinge o meio interestelar, que é o vento "solar" de outras estrelas, é denominado heliopausa. É uma fronteira teórica aproximadamente circular ou em forma de lágrima, que marca o limite da influência solar, talvez a 100 UA do Sol. O espaço entre os limites da heliopausa, que contém o Sol e os planetas solares, é denominado heliosfera.
O campo magnético solar estende-se para além do espaço interplanetário; pode ser medido na Terra e por naves espaciais. O campo magnético solar é o campo magnético dominante em todas as regiões interplanetárias do sistema solar, excepto nas imediações dos planetas que têm os seus próprios campos magnéticos.

 Os Planetas Terrestres

Os planetas terrestres são os quatro planetas mais interiores no sistema solar, MercúrioVénusTerra e Marte. São denominados de terrestres, porque têm uma superfície compacta rochosa tal como a Terra. Os planetas Vénus, Terra e Marte têm atmosferas significativas enquanto Mercúrio a tem quase nula.. O diagrama seguinte mostra a distância aproximada dos planetas terrestres ao Sol.

Os Planetas Jupiterianos

JúpiterSaturnoÚrano, e Neptuno são conhecidos por planetas Jupiterianos, ou Jovianos (semelhantes a Júpiter, ou Jove), porque são todos gigantescos comparados com a Terra, e têm uma natureza gasosa tal como Júpiter. Os planetas Jovianos também são referidos como os gigantes gasosos, apesar de alguns ou todos poderem possuir pequenos núcleos sólidos. O diagrama seguinte mostra a distância aproximada dos planetas Jovianos ao Sol.


Animação do Sistema Solar



Vistas do Sistema Solar

A Nossa Galáxia Via Láctea
Esta imagem da nossa galáxia, a Via Láctea, foi tirada com auxílio do Diffuse Infrared Background Experiment (DIRBE), do Cosmic Background Explorer (COBE), da NASA. Esta imagem inédita mostra a Via Láctea numa perspectiva lateral com o polo norte galáctico em cima, o polo sul em baixo e o centro galáctico no centro. A figura combina imagens obtidas em vários comprimentos de onda próximo do infra-vermelho. As estrelas da nossa galáxia são a fonte dominante de luz nestes comprimentos de onda. Mesmo sendo o nosso sistema solar uma parte da Via Láctea, esta vista parece ter sido obtida de longe porque grande parte da luz vem da população de estrelas que estão mais próximas do centro galáctico do que o nosso Sol. (Cortesia NASA) 

A Galáxia de Andrómeda, M31
A Galáxia de Andrómeda, M31, está a uma distância de 2.3 milhões de anos-luz, sendo por isso a galáxia grande mais próxima da nossa Via Láctea. M31 domina o pequeno grupo de galáxias (de que a nossa Via Láctea também faz parte), e pode ser vista a olho nu como uma "nuvem" alongada com o comprimento de uma Lua cheia. Tal como a Via Láctea, M31 é um disco de estrelas gigante em forma de espiral, com uma concentração de estrelas mais velhas no centro em forma de bolbo. Sabe-se de há muito tempo que a M31 tem no centro um grupo brilhante e extremamente denso com alguns milhões de estrelas aglomeradas. (Cortesia Jason Ware) 

Obliquidade dos Nove Planetas
Esta ilustração mostra a obliquidade dos nove planetas. Obliquidade é o ângulo entre o plano equatorial de um planeta e o seu plano orbital. Pela convenção da União Astronómica Internacional (UAI), o polo norte de um planeta está acima do plano da elíptica. Por esta convenção, Vénus, Úrano e Plutão têm uma rotação retrógrada, ou uma rotação na direcção oposta em relação aos outros planetas. (Copyright 1999 por Calvin J. Hamilton) 

O Sistema Solar
Durante as últimas três décadas uma miríade de exploradores espaciais escaparam aos confins do planeta Terra e foram descobrir os nossos vizinhos planetários. Esta imagem mostra o Sol e todos os nove planetas do sistema solar tal como foram vistos pelos exploradores do espaço. Começando no canto superior esquerdo está o Sol seguido pelos planetas MercúrioVénusTerra,MarteJúpiterSaturnoÚranoNeptuno, e Plutão(Copyright 1998 by Calvin J. Hamilton) 

O Sol e os Planetas
Esta imagem mostra o Sol e os nove planetas aproximadamente à escala. A ordem destes corpos é: SolMercúrioVénusTerraMarteJúpiterSaturnoÚranoNeptuno e Plutão.(Copyright Calvin J. Hamilton) 

Os Planetas Jovianos ou Jupiterianos
Esta imagem mostra os planetas jovianos JúpiterSaturnoÚrano e Neptuno aproximadamente à escala. Os planetas têm o nome de jovianos pela sua aparência gigantesca como a de Júpiter.(Copyright Calvin J. Hamilton) 

As Maiores luas e os Menores Planetas
Esta imagem mostra as dimensões relativas das maiores luas e dos menores planetas do sistema solar. Os maiores satélites representados nesta imagem são: Ganímedes (5262 km), Titan (5150 km), Calisto (4806 km), Io (3642 km), a Lua (3476 km), Europa (3138 km), Tritão (2706 km), e Titânia (1580 km). Ganímedes e Titan são maiores do que o planeta Mercúrio seguidos por Io, a Lua, Europa e Tritão que são maiores que o planeta Plutão(Copyright Calvin J. Hamilton) 

Diagrama de Fotos
Em 14 de Fevereiro de 1990, as câmaras da Voyager 1 apontaram para o Sol e fizeram uma série de fotografias do Sol e dos planetas, fazendo o primeiro "retrato" do nosso sistema solar conforme é visto de fora. Esta imagem é um diagrama do modo como as diversas fotos do sistema solar foram feitas. (Cortesia NASA/JPL) 

Todas as Fotos do Retrato de Família
Esta imagem mostra a série de fotografias do Sol e dos planetas feitas em 14 de Fevereiro de 1990, para o retrato de família do sistema solar conforme é visto de fora. Durante o percurso seguido, para o total de 60 fotos tiradas, a nave Voyager 1 fez diversas fotos do interior do sistema solar de uma distância de aproximadamente 6.4 biliões de quilómetros (4 biliões de milhas) e a cerca de 32° acima do plano da eclíptica. Neste mosaico, trinta e nove fotos em grande angular ligam seis dos planetas do nosso sistema solar. O que está mais longe, Neptuno, está 30 vezes mais longe do Sol que a Terra. O nosso Sol aparece como o objecto brilhante no centro do círculo de fotos. As inserções mostram os planetas ampliados várias vezes. (Cortesia NASA/JPL) 

Retrato do Sistema Solar
Estas seis imagens coloridas em ângulo fechado foram feitas do primeiro "retrato" do sistema solar tirado pela Voyager 1, que estava a mais de 6.4 biliões de quilómetros (4 biliões de milhas) daTerra e a cerca de 32° acima do plano da eclípticaMercúrio está perto demais do Sol para poder ser visto. Marte não foi detectado pelas câmaras da Voyager devido à dispersão da luz solar na objectiva, e Plutão não foi incluído no mosaico por causa do seu pequeno tamanho e da distância ao Sol. Estas imagens, da esquerda para a direita e de cima para baixo, são VénusTerra,JúpiterSaturnoÚrano e Neptuno(Cortesia NASA/JPL) 


Resumo sobre o Sol e os Planetas

A tabela seguinte lista informações estatísticas do Sol e dos planetas:

Distância
(UA)
Raio
(Terra)
Massa
(Terra)
Rotação
(Terra)
# LuasInclinação
Orbital
Excentricidade
Orbital
ObliquidadeDensidade
(g/cm3)
Sol0109332,80025-36*9---------1.410
Mercúrio0.390.380.0558.8070.20560.1°5.43
Vénus0.720.950.8924403.3940.0068177.4°5.25
Terra1.01.001.001.0010.0000.016723.45°5.52
Marte1.50.530.111.02921.8500.093425.19°3.95
Júpiter5.2113180.411161.3080.04833.12°1.33
Saturno9.59950.428182.4880.056026.73°0.69
Úrano19.24170.748150.7740.046197.86°1.29
Neptuno30.14170.80281.7740.009729.56°1.64
Plutão39.50.180.0020.267117.150.2482119.6°2.03

* O período de rotação do Sol à superfície varia de aproximadamente 25 dias no equador até 36 dias nos polos. No interior, abaixo da zona de convecção, parece rodar com um período de 27 dias.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

biomas brasileiros

Amazônia

“Pulmão do Mundo”, “Planeta Água”, “Inferno Verde”, são alguns dos chavões mundialmente conhecidos a respeito da Amazônia. Está sempre em evidência em qualquer ponto da aldeia globalizada. Interessa a todos. Uma das últimas regiões do planeta que ainda seduzem pela exuberância de uma natureza primitiva, hoje absolutamente ameaçada por sua devastação. A Amazônia guarda a maior diversidade biológica do planeta – região mega-diversa - e escoa 20% de toda água doce da face da Terra. Seu início se deu há 12 milhões de anos atrás, quando os Andes se elevaram e fecharam a saída das águas para o Pacífico. Formou-se um fantástico Pantanal, quase um mar de água doce, coberto só por águas. Depois, com tantos sedimentos, a crosta terrestre tornou emergir e, aos poucos, formou-se o que é hoje a Amazônia.

A Amazônia ocupa 4.196.943 km², cerca de 49,29% do território brasileiro. Ocupa a totalidade de cinco unidades da federação (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), grande parte de Rondônia (98,8%), mais da metade de Mato Grosso (54%), além de parte de Maranhão (34%) e Tocantins (9%). A área desmatada da Amazônia já atinge 16,3% de sua totalidade (www.classinet.com.br)
Hoje cerca de 17 milhões de brasileiros vivem no bioma Amazônia, sendo que cerca de 70% no meio urbano.
 MATA ATLÂNTICA
 

 

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA REGIÃO

 

A mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica.

O grande destaque da mata original era o pau-brasil, que deu origem ao nome do nosso país. Alguns exemplares eram tão grossos que três homens não conseguiam abraçar seus troncos. O pau-brasil hoje é quase uma relíquia, existindo apenas alguns exemplares no Sul da Bahia.

Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil.

O aparecimento da Serra-do-Mar e da Mantiquiera datam da separação entre o continente Americano e Africano. No pricípio eram altas montanhas e só com os milhões de anos de erosão conseguiram suavisar essas rochas de formação antiga que sustentam o continente sulamericano. Concomitantemente evoluíram as linhagens de plantas que originaram a Mata Atlântica. Nesta época também desenvolveram-se insetos, aves e mamíferos fazendo com que hoje fauna e flora se combinem rica e complexamente.

 

Área total original: aproximadamente 1,3 milhão de km2.

Área total atual: aproximadamente 52.000 Km2.

 

CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE EM QUE SE DESENVOLVE A VEGETAÇÃO

 

A Mata Atlântica compreende a região costeira do Brasil. Seu clima é equatorial ao norte e quente temperado sempre úmida ao sul, tem temperaturas médias elevadas durante o ano todo e não apenas no verão. A alta pluviosidade nessa região deve-se à barreira que a serra constitui para os ventos que sopram do mar. Seu solo é pobre e a topografia é bastante acidentada. No inteiror da mata, devido a densidade da vegetação, a luz é reduzida.

Há uma importante cadeia de montanhas que acompanham a costa oriental brasileira, desde o nordeste do Rio Grande do Sul até o sul do estado da Bahia. Ao norte as maiores altitudes se encontram mais para o interior do país, mas, nas regiões do norte do estado de Alagoas, todo estado de Pernambuco e da Paraíba, e em pequena parte do Rio Grande do Norte temos altitudes de 500 a 800 metros que estão próximas ao mar. Em São Paulo é conhecida como Serra do Mar e em outros estados tem outros nomes. Sua altitude média fica ao redor dos 900 metros. Em certos trechos é bastante larga, mas em outros é muito estreita. Afasta-se do mar em alguns pontos, se aproximando dele em outros.

Os ventos úmidos que sopram do mar em direção ao interior do continente ao subirem resfriam-se e perdem a umidade que possuem; o excesso condensa-se e se precipita, principalmente nas partes mais altas da serra, em forma de nevoeiro ou chuvas. Assim esses ambientes contém bastante umidade para sustentar as florestas consteiras, densas, com árvores de 20 a 30 metros de altura.Devido a densidade da vegetação arbórea, o sub-bosque é escuro, mal ventilado e úmido. Próximo ao solo existe pouca vegetação, devido à escassa quantidade de luz que consegue chegar aí.

As condições físicas na floresta atlântica variam muito, dependendo do local estudado, assim, apesar de a região estar submetida a um clima geral, há microclimas muitos diversos e que variam de cima para baixo nos diversos estratos. Os teores de oxigênio, luz, umidade e temperatura são bem diferentes dependendo da camada considerada.

Em certos pontos da floresta chega ao solo 500 vezes menos luz do que nas copas das árvores altas. A temperatura também varia bastante, as copas das camadas superiores se aquecem durante o dia, porém perdem calor rapidamente a noite. Ao contrário nas camadas inferiores, a tempratura varia muito pouco, já que as folhas funcionam como isolante térmico. Nas camadas mais altas, mais expostas, a ventilação tem valores consideravelmente maiores que nos andares inferiores da mata. Em resumo, os microclimas nos diversos andares de uma floresta pluvial podem ser muito diferentes, embora o clima geral (macroclimas) seja um só. O que interessa, naturalmente, a cada espécie e a cada indivíduo, não é o clima geral da região em que se encontra a floresta, e sim o clima ao qual ele faz parte; o importante é o clima a que ele (indivíduo) ou ela (espécie) estejam sujeitos (microclima).

Os solos da floresta são, via de regra, pobres em minerais e sua natureza é granítica ou gnáissica. A maior parte dos minerais está contida nas plantas em vez de estar no solo. Como há no solo muita serrapilheira que origina abundante húmus, existem microorganimos de vários grupos os quais decompõem a matéria orgânica que se incorpora ao solo. Esses minerais uma vez liberados pela decomposição de folhas e outros detritos, são prontamente reabsorvidos pelo grande número de raízes existentes, retornando ao solo quando as plantas ou suas partes (ramos, folhas, flores, frutos e sementes) caem. Fecha-se, assim, o ciclo planta-solo, que explica a manutenção de florestas exuberantes, em solos nem sempre férteis, às vezes paupérrimos (como é, muitas vezes, o caso de florestas da Amazônia).

No entanto, o desmatamento leva a um rápido empobrecimento dos solos, já que as águas da chuva levam os minerais e os carregam para o lençol subterrâneo (lixiviação). Esses solos por esse motivo normalmente não se prestam à agricultura, a menos que sejam enriquecidos anteriormente. Muito frequentemente são de composição argilosa e após desmatamentos sofrem erosão rápida ou então endurecem, formando crostas espessas de difícil cultivo. É porisso que a queimada de uma floresta tropical empobresse rapidamente o solo já que as águas da chuva carregam os sais minerais ao lençol subterrâneo.

 

DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FISIONÔMICOS, ESTRUTURAIS E FLORÍSTICOS DA FLORESTA ATLÂNTICA.
 

Esse tipo de formação florestal recebe várias denominações: floresta latifoliada tropical úmida de encosta (segundo a classificação de Andrade-Lima), mata pluvial tropical (segundo Romariz) e mata atlântica (denominação mais geral). É claro que todas estas denominações são corretas. O que interessa é saber interpretá-las. A expressão de Andrade-Lima é a mais complexa. Está indicando que se trata de floresta sempre verde, cujos componentes em geral possuem folhas largas, que é vegetação de lugares onde há bastante umidade o ano todo, e, finalmente, que é vizinha da costa ou acompanha a costa. Na expressão de Romariz, sabe-se que se trata de floresta cujos os componentes tem folhas largas, é mata dos trópicos úmidos e vive em encostas. Os autores que usam a expressão mata atlântica estão indicando sua vizinhança com o Oceano Atlântico. E desta vizinhança decorre a umidade transportada pelos ventos que sopram do mar. Como consequência dessa umidade surge a possibilidade de terem seus componentes, na maioria, folhas largas. E, ainda, esta umidade constante, aliadas às altas temperaturas é que garante o caráter de vegetação perenifólia (cujas folhas não caem antes de as novas estarem já desenvolvidas), pois a queda periódica das folhas de certa vegetação é determinada ou pela falta de água (seca física - queda de folha na caatinga) ou pelas temperaturas muito baixas que impedem a absorção da água embora ela esteja presente (.seca fisiológica - queda das folhas nas matas de climas temperados).

Portanto por receber muita energia radiante e pelo alto índice de pluviosidade, trata-se de uma floresta exuberante, de crescimento rápido, e sempre verde, ou seja, as folhas não caem.

Calcula-se que na Mata Atlântica existam 10 mil espécies de plantas que contém uma infinidade de espécies de cores, formas e odores diferentes. Nela se encontra jabuticabas, cambuás, ingás, guabirobas e bacuparis. Plantas como orquídeas, bromélias, samambaias, palmeiras, pau-brasil, jacarandá-da-bahia, cabreúva, ipês, palmito.

palmeira

Na Mata Atlântica convivem lado a lado desde árvores grandiosas como o jequetibá, figueiras e guapuruvas e até líquens, musgos e minúsculas hepáticas. Existem muitas espécies de árvores com troncos duros e pesados, uma grande quantidade de cipós se apóiam nas árvores. Encontram-se no chão da mata uma grande quantidade de fungos, plantas saprófitas, sementes e plântulas.

A Floresta Atlântica é semelhante fisionomicamente e em composição florística à Floresta Amazônica. São igualmente densas, com árvores altas em setores mais baixos do relevo, apesar de as árvores amazônicas apresentarem em média um maior desenvolvimento. Os troncos são recobertos por uma grande diversidade de epífitas que é um aspecto típico dessas florestas. A existência de grupos semelhantes de espécies entre a Amazônia e a Mata Atlântica sugere que essas florestas se comunicaram em alguma fase de sua história. Certos contrastes diferenciam a Floresta Amazônica da Mata Atlântica; a primeira é em geral de planície e a segunda, de altitude. Suas temperaturas médias discrepam, do ponto de vista vegetacional.Quanto mais distante a Mata Atlântica estiver do equador, mais ela se difere da vegetação amazônica devido ao abaixamento da temperatura. Na Floresta Amazônica, as temperaturas médias são elevadas todo ano, em torno de 26-27° C, indo a máxima absoluta a 38,8° C e a mínima absoluta a 22° C, o que faz do seu clima uma constante quente durante todo ano. Já na Mata Atlântica, as temperaturas médias variam 14-21° C, chegando a máxima absoluta 35° C para menos, não passando a mínima absoluta de 1° C (embora, no Sul, possa cair até -6° C).

A Floresta Atlântica guarda, apesar de séculos de destruição, a maior biodiversidade por hectare entre as florestas tropicais. Isso é devido a sua distribuição em condições climáticas e em altitudes variáveis, favorecendo a diversificação de espécies que estão adaptadas às diferentes condições topográficas de solo e umidade. Além disso, durante as glaciações essas florestas mudaram de área nos ciclos climáticos secos e úmidos. O estudo dos grãos de pólen depositados nos sedimentos atestam que a América do Sul passou por mudanças climáticas que provocaram retração e expansão das formações vegetais há milhões de anos. As flutuações climáticas produziram períodos mais secos, com nível do mar abaixo do atual e retração das florestas e expansão dos cerrados. Portanto nos últimos milhares de anos a geologia não mudou, mas o clima variou entre as glaciações, ou seja, as águas quando congelavam nos polos abaixavam os níveis dos oceanos e chovia pouco. Nas interglaciações o tempo esquentava, o mar aumentava de volume e chovia abundantemente. Isso fez com que as florestas tropicais que vivem de umidade e calor passassem por momentos de incubação e outros de exuberante beleza. Nessa época a Serra-do-Mar tinha papel importante na sobrevivência da Mata Atlântica já que barrava a umidade vinda do oceano salvando milhares de espécies dependente dessa umidade. Essas mudanças influenciaram na formação dos padrões atuais.

Agrande quantidade de matéria orgânica em decomposição sobre o solo dá à mata fertilidade suficiente para suprir toda a rica vegetação. Um solo pobre mantém uma floresta riquíssima em espécies, graças à rápida reciclagem da enorme quantidade de matéria orgânica que se acumula ao húmus. A reciclagem dos nutrientes é um dos aspectos mais importantes para a revivência da floresta.

 

ADAPTAÇÕES VEGETATIVAS E REPRODUTIVAS DAS PLANTAS DIANTE DA DIVERSIDADE DO AMBIENTE EM QUE SE DESENVOLVEM
 

As árvores do interior da mata são adaptadas à sombra, desenvolveram grande área foliar a fim de captar o máximo de luminosidade possível nessas condições. Tem espécies que passam toda a vida sombreadas e mesmo assim, são capaxes de produzir flores, frutos e sementes. Muitas árvores são esguias, sem ramos, a não ser na parte superior. É que devido ao sombreamento, os ramos inferiores foram eliminados.

Sobre os troncos das árvores encontram-se dezenas de orquídeas, bromélias, cactáceas, ou seja, epífitas perfeitamente adaptadas a vida longe do solo.Como as epífitas não mantém contato com o solo muitas vezes possuem problemas de nutrição. Nada retiram das árvores apenas buscam uma maior luminosidade e ainda retribuem o abrigo atraindo animais polinizadores, como o beija-flor. Nos troncos onde as águas das chuvas escoam rapidamente, as epífitas tiveram que se adaptar a secas periódicas, mesmo vivendo num ambiente úmido. Bromélias possuem folhas que formam um reservatório de água, na forma de um copo. Nesses reservatórios aquáticos podem viver algas, protozoários, vermes, lesmas e até pererecas constituindo uma pequena comunidade. As orquídeas, cactáceas guardam em suas suculentas flolhas a água que necessitam para a sobrevivência.

epífitas

Há plantas que começam como epífitas e terminam como plantas terrestres. Suas sementes germinam sobre forquilhas de ramos ou axilas de folhas, onde foram depositadas por pássaros em suas fezes; suas raízes crescem em torno do caule da hospedeira, em direção ao solo, onde penetram e se ramificam; com seu crescimento em espessura acabam concrescendo umas com as outras formando uma coluna vigorosa, capaz de suportar sua copa, quando a hospedeira, com seu caule asfixiado no interior, morre e se desfaz. O exemplo típico é o Ficus, conhecido como mata-pau. Certas espécies nascem no solo, atingem com seu eixo principal ou com alguns ramos um suporte e nele se fixa; se porventura se desfizer a ligação, por qualquer motivo, com o solo, por exemplo por morte de parte do eixo em contato com ele, essas plantas passam a viver epifiticamente.

bromélia

Na mata existe uma planta que abriga formigas, a embaúba, a única planta que fora da região amazônica se associa com formigas, enquanto lá os exemplos desta associação são numerosos. A formiga protege a planta contra a ação de predadores e essa árvore serve de abrigo às formigas.

No chão da floresta alguns fungos, as micorrizas, formam-se junto às raízes das árvores onde auxiliam na absorção de nutrientes.

Plantas saprófitas evoluídas a ponto de dispensar a clorofila, deixando de fazer a fotossítese, vivem a custa de matéria orgânica em decomposição. São plantas esbranquiçadas que crescem em meio as folhas no chão da floresta.

Nesses matas são comuns as raízes tabulares e as raízes de escoras, que são dispositivos para se coletar oxigênio do ar, uma vez que a taxa de oxigênio do solo é pequena. Além disso solos muito úmidos não proporcionam boa fixação, assim as raízes tabulares aumentam a base de sustentação da planta. Devido a densidade da vegetação ser muito grande, os ramos nas copas das árvores se entrelaçam e as plantas assim se suportam reciprocamente e mesmo que os troncos sejam cortados, a árvore não cai por estar presa à copa.

O chão da floresta é um verdadeiro berçário de plantas recém germinadas ou em vida latente dentro das sementes. Muitas dessas plantas podem passar anos aguardando que uma árvore caia, abrindo uma clareira para que tenham luz suficiente para crescer. Outras suportam até a passagem do fogo das queimadas para depois germinar e auxiliar na cicatrização da floresta. Algumas espécies como os manacás-da-serra e quaresmeiras produzem milhares de minúsculas sementes que o vento carrega e deposita sobre as áreas abertas onde rapidamente crescem fechando as "feridas".

Na floresta temos plantas que emitem odores atraentes ou até mesmo simulando uma fêmea de algum animal com a função de atrair polinizadores, tais como abelhas,vespas, moscas, besouros, borboletas, mariposas, aves ou até morcegos.

Durante o inverno, ipês e suinãs exibem suas flores nos altos das copas ao mesmo tempo em que derrubam todas as folhas, tornando as flores visíveis a seus polinizadores a longa distância. Algumas espécies produzem suas flores junto aos troncos onde abelhas e outros polinizadores no interior da mata podem encontrá-las com mais facilidade.

Há plantas que abrem ao entardecer no mesmo período de atividade de seus polinizadores, tais como pequenos morcegos.

Na dispersão das sementes tem plantas que produzem frutos ou sementes com asas ou longos pelos, valendo-se dos ventos para distribuí-las. Ourtas produzem frutos explosivos, que ao secarem lançam suas sementes à longas distâncias. Diversas plantas produzem frutos suculentos e coloridos que se prestam à alimentação de vários animais. Depois da digestão, estes seres defecam as sementes prontas para germinar.

As folhas são muitas vezes brilhantes, recorbertas por cera, tendo superfícies lisas e pontas em forma de goteira. Todas essas características facilitam o escoamento da água das chuvas impedindo sua permanência prolongada, o que seria inconveniente sobre a superfície foliar porque pode obstruir estômatos, além de servir para, em suas gotas, se desenvolverem microorganismos que podem determinar doenças. Outros mecanismos são conhecidos tais como: caules e folhas pendentes, folhas de limbo em pedúnculos delgados e longos, que se curvam ao peso da água fazendo com que a ponta do limbo se incline para baixo, o que determina o escoar da água por ação da gravidade e com isso o peso do limbo diminui e volta à posição anterior.

 

A SITUAÇÃO ATUAL DESSA FORMAÇÃO VEGETAL NO BRASIL DO PONTO DE VISTA DA PRESERVAÇÃO DE ESPÉCIES VEGETAIS E ANIMAIS
 

Um dos motivos para preservar o que restou da Mata Atlântica é a rica biodiversidade, ou seja, a grande variedade de animais e plantas. Calcula-se que nela existam dez mil espécies de plantas, sendo 76 palmeiras, 131 espécies de mamíferos, 214 espécies de aves, 23 de marsupiais, 57 de roedores, 183 de anfíbios, 143 de répteis e 21 de primatas. Dentre estes animais estão vários morcegos destacando-se uma espécie branca. Dos símios destacam-se o muriqui, que é a maior e mais corpulenta forma de macaco tropical, e o sauí-preto que é o mais raro dos símios brasileiros. Habitam também a mata diferentes sagüis, os sauás, os macacos-prego e o guariba que está se extinguindo. Dos canídios, o cachorro-do-mato é um dos predadores mais comum juntamente com o guaxinim, o coati, o jupurá, os furões, a irara, o cangambá, e felinos, como gatos-do mato que se alimentam de animais como o tapiti, diferentes ratos-do-mato, caxinguelês, cotias, outiço-cacheiro, o raro ouriço-preto, etc.

caxinguelê

Ocorrem também na mata tamanduás-mirins, preguiças, e tatus, com destaque a preguiça-de-coleira que hoje em dia está tão escassa e já ameaçada de desaparecimento.

garça branca

Entre 1985 e 1990 foram cortadas na Mata Atlântica 1.200.000.000 árvores. Apesar disso, a Mata Atlântica conserva sua importância em termos biológicos. O recorde mundial de diversidade de árvores pertence a uma área no sul da Bahia onde os botânicos registraram 450 tipos de árvores num único hectare, sendo que a maior parte deste imenso patrimônio era desconhecido. Ainda se tiram centenas de ervas medicinais e aromáticas para serem comercializadas tanto dentro do Brasil como com outros países.

O mico-leão dourado é uma das espécies mais ameaçadas do mundo. Ele só é encontrado em uma pequena área de Mata Atlântica no Rio de Janeiro. Para evitar sua extinsão, é preciso garantir habitat suficiente para abrigar uma população de 2000 animais até o ano 2025.

Devido a grande devastação dessa mata quase 200 espécies estão ameaçadas de extinção fora aquelas que já se extinguiram, metade das espécies vivas hoje poderá estar extinta até o final do próximo século.

Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar. Aí ainda é possível ver o jequitibá-rosa, o gigante da floresta, as flores roxas das quaresmeiras e até alguns sobreviventes do pau-brasil. Embaixo das árvores, há pequenas árvores, arbustos e palmeiras, cobertos de bromélias e orquídeas. Encontramos morcegos, marsupiais, como o gambá e a cuíca; vários tipos de macacos; répteis como os lagartos, jabutis, cágados e cobras; as lindas borboletas que ainda não foram transformadas em quadros para turistas, e uma rica variedade de aves.

 

PREJUÍZOS E BENEFÍCIOS DECORRENTES DA DESTRUIÇÃO OU PRESERVAÇÃO DESSA FORMAÇÃO VEGETAL NO BRASIL SOB O PONTO DE VISTA ECOLÓGICO E EVOLUTIVO

 

Atualmente, da segunda grande floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. Em alguns lugares, como no Rio Grande do Norte, nem vestígios e o resultado é o agravamento da seca no nordeste. Sem a floresta, a umidade é insuficente para provocar as chuvas. E os ventos que sopram do mar, não encontrando a barreira da floresta, levam o sal natural para a região do agreste, prejudicando sua vegetação. Mas, os ventos deslocam as dunas, que assoreiam as lagoas existentes no litoral. Os grandes rios que cortam a área original da Mata Atlântica, o Paraíba, o São Francisco, Jequitinhonha, Doce e Paraíba do Sul, antigamente tinham águas cristalinas ou tingidas de preto pelas folhas em decomposição da floresta. Hoje suas águas são barrentas por causa dos sedimentos arrastados pela erosão do solo desprotejido de vegetação, ou tão poluídas que são um perigo para a saúde.

A Mata Atlântica é considerada atualmente um dos mais importantes conjuntos de ecossistemas do planeta, e um dos mais ameaçados. As pouquíssimas ilhas de floresta que restam não podem desaparecer.

A destruição da biodiversidade e o desmatamento elimina de uma só vez grande contingente de espécies muitas vezes desconhecidas. Além disso homogeiniza o ecossistema quando se implanta a monocultura.

A destruição do solo e a retirada da floresta rompe com o sistema natural de ciclagem de nutriente. A remoção da cobertura vegetal fará com que a superfície do solo seja mais aquecida. Esse aquecimento aumentará as oxidações da matéria orgânica que se transformará rapidamente em materiais inorgânicos, solúveis ou facilmente solubilizados. O solos deixam também de ser protegidos da erosão pelas chuvas. Estudos da Embrapa constatam que, dos 3,5 milhões de hectares de pastagens que substituiram a floresta, 500 mil se degradaram num intervalo de tempo de 12 anos, além das queimadas e carvoeiros instalados.

aspecto da floresta após ação antrópica
carvoeiros






                                                          MATA DOS PINHAS
No que tange as mudanças climáticas as florestas são responsáveis por 56 % da umidade local. Sua destruição elimina essa fonte injetora de vapor de água na atmosfera, responsável pelas condições climáticas regionais. Ao mesmo tempo diminui o poder de captura do CO2 atmosférico.

As monoculturas implantadas em área de mata são mais sensíveis a pragas e doenças. O ecossistema sob estresse tem tolerância menor ao ataque de parasitas e doenças; consequentemente tem sido introduzidos nessas áreas grande quantidade de inseticidas e agrotóxicos para atacar as pragas, o que destrói ainda mais a diversidade de espécies e contamina os ecossistemas aquáticos.
ntrodução 

A Mata dos Pinhais, também conhecida como Mata das Araucárias, é uma floresta subtropical e pode ser encontrada na região Sul do Brasil (estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Esta formação florestal é típica de uma região de clima subtropical.
Características principais da Mata dos Pinhais:
- Os pinheiros predominam nesta área, principalmente as coníferas.
- O pinheiro típico e mais presente na Mata dos Pinhais é a araucária augustifolia.
- Trata-se de uma formação fechada e densa, com grande quantidade de árvores.
- As árvores são altas, possuindo, em média, de 20 a 30 metros de altura.
- As folhas dos pinheiros possuem o formato de agulha. A reprodução ocorre quando as sementes são levadas pelo vento.
- As coníferas possuem um formato triangular. Sendo que no topo são mais estreitas (pontudas) e na base mais largas.


Degradação da Mata dos Pinhais
Assim como outras formações florestais do Brasil, a Mata dos Pinhais encontra-se em processo de degradação. Nas últimas décadas sua extensão diminuiu significativamente. Este processo ocorre em função do corte ilegal de árvores, que são destinadas a produção de madeira (fabricação de móveis, papel e outros objetos) e resinas (fabricação de óleos, tintas, sabão, etc).
A abertura de novas áreas destinadas à agricultura e pecuária também tem contribuído para o desmatamento da Mata dos Pinhais.
Ambientalistas afirmam que, aproximadamente, 95% da mata nativa foi derrubada nas últimas décadas.

Curiosidades:
- Os pinheiros são muito utilizados na decoração natalina em diversas partes do mundo. É a árvore símbolo do Natal.
- Como localizam-se em regiões subtropicais, as coníferas possuem uma anatomia específica, adaptada as condições climáticas da região. Em formato de cone, não acumulam neve em seus galhos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A GRECIA : uma civilização que marca a historia

A GRÉCIA ANTIGA :



Civilização minóica

Pintura mural em Cnossos.
civilização minóica foi uma civilização existente nas ilhas do mar Egeu entre 3000 e 1400 a.C. Esta civilização foi descoberta pelo arqueólogo inglês Arthur Evans, tendo o seu foco principal na ilha de Creta.
A civilização minóica teria surgido a partir de uma fusão dos habitantes de Creta com populações que se fixaram nesta ilha vindas da Ásia Menor[carece de fontes]. Os minoicos tiveram como principal actividade económica o comércio e criaram uma civilização que tinha em grandes palácios os seus centros administrativos. Em torno dos palácios existiam casas, não sendo os palácios amuralhados. Os palácios apresentavam sistemas de iluminação e esgotos e estavam decorados com belas pinturas[carece de fontes].
Os minoicos já conheciam a escrita (Linear A e Linear B) e destacaram-se pelo trabalho do ouro e das gemas, bem como por uma cerâmica decorada com motivos marítimos e geométricos.
Suas terras mais férteis estavam na parte esquerda da ilha, onde se encontravam as principais cidades como Cnossos (capital) e Kato-Zacros. Apesar dos seus palácios terem sofrido com os terremotos que atingiam a região, os minoicos prosperaram até 1400 a.C. A decadência desta civilização parece ter sido o resultado de ataques de inimigos, entre os quais se encontrariam os micênicos.
Vale a pena destacar o papel da mulher na sociedade minóica. Ao contrário das futuras cidades, como Atenas e Esparta, onde a mulher não tinha direitos políticos e era vista apenas como uma reprodutora, a mulher micênica era livre, podia adquirir propriedades e ser independente.

[editar]Civilização micênica

Máscara funerária da civilização micénica (Máscara de Agamemnon).
Os minoicos viriam a influenciar a história da Grécia através dos micênicos, que adoptam aspectos da cultura minóica. O nome "micénico" foi criado por Heinrich Schliemann com base nos estudos que fez no sítio de Micenas, no nordeste do Peloponeso, onde outrora se erguia um grande palácio e uma das principais cidades além de TirintoTebas e Esparta. Julga-se que os micênicos se chamariam a si próprios aqueus. De acordo com vários historiadores, os micênios eram chamados de Ahhiyawa pelos hititas.[6] A sua civilização floresceu entre 1600 e 1200 a.C.
Os micênicos já falavam grego. Não tinham uma unidade política, existindo vários reinos micénicos. À semelhança dos minoicos, o centro político encontrava-se no palácio, cujas paredes também estavam decoradas com afrescos[carece de fontes].
Para além de praticarem o comércio, os micênicos eram amantes da guerra e da caça. Por volta de 1400 a.C. os micênicos teriam ocupado Cnossos, centro da cultura minóica.
Por volta de 1250 a.C. o mundo micénico entra em declínio, o que estaria relacionado com a decadência do reino hitita no Oriente Próximo[carece de fontes], que teria provocado a queda das rotas comerciais. Sua decadência envolveu também guerras internas[carece de fontes]. É provável que a destruição da cidade de Tróia, facto que se teria verificado entre 1230 a.C. e 1180 a.C., possa estar relacionado com o relato literário de Homero na Ilíada, escrita séculos depois.

[editar]Idade das Trevas

Dá-se o nome de Idade das Trevas ao período que se seguiu ao fim da civilização micénica e que se situa entre 1100 e 800 a.C. Durante este período perdeu-se o conhecimento da escrita, que só seria readquirido no século VIII a.C.. Os objectos de luxo produzidos durante a era micénica não são mais fabricados neste período. A designação atribuída ao período encontra-se relacionada não apenas com a decadência civilizacional, mas também com as escassas fontes para o conhecimento da época.
Outro dos fenómenos que se verificou durante este período foi o da diminuição populacional, não sendo conhecidas as razões exactas que o possam explicar. Para além disso, as populações também se movimentam, abandonando antigos povoados para se fixarem em locais que ofereciam melhores condições de segurança.

[editar]Período Arcaico

Antiga moeda ateniense do século V a.C., representando a cabeça da deusa Atena e de umacoruja no verso.
O Período Arcaico tem como balizas temporais tradicionais a data de 776 a.C., ano da realização dos primeiros Jogos Olímpicos, e 480 a.C., data daBatalha de Salamina. A Grécia era ainda dividida em pequenas províncias com autonomia, em razão das condições topográficas da região: cadaplanícievale ou ilha é isolada de outra por cadeias de montanhas ou pelo oceano.
A origem das cidades gregas remonta à própria organização dos invasores, especialmente dos aqueus, que se agrupavam nos chamados ghené(ghenos, no singular). Os ghené eram essencialmente comunidades tribais que cultuavam seus deuses na acrópole (local elevado). A vida econômica dessas grandes famílias era, a princípio, baseada em laços de parentesco e cooperação social. A terra, a colheita e o rebanho pertenciam à comunidade. Havia uma liderança política na figura do pater, um membro mais velho e respeitado. Diversos ghené agrupavam-se em fratarias, e diversas fratarias em tribos.
Com a recuperação econômica após o interlúdio dórico, a população grega cresceu além da capacidade de produção das terras cultiváveis[carece de fontes]. Diante desse desequilíbrio, e procurando garantir melhores condições de vida, alguns grupos teriam se destacado, passando a manejar armas e a ter domínio sobre as melhores terras e rebanhos. Esses grupos acumularam riqueza, poder e propriedade como resultado da divisão desigual das terras do ghené, considerando-se os melhores — aristoi, em grego. Assim, foram diferenciando-se da maioria da população e dissolvendo a vida comunitária do ghené. Essas transformações sociais estavam na origem da formação da pólis, a cidade grega. A partir de 750 a.C. os gregos iniciaram um longo processo de expansão, firmando colônias em várias regiões, como Sicília e sul da Itália, no sul da França, na costa da Península Ibérica, no norte de África e nas costas do mar Negro. Entre os séculos VIII e VI a.C. fundaram aí novas cidades, as colônias, as quais chamavam de apoíkias—; palavra que pode ser traduzida por nova casa.
São muitas as causas apontadas pelos historiadores para explicar essa expansão colonizadora grega. Grande parte dessas causas relaciona-se a questões sociais originadas por problemas de posse de terra e dificuldades na agricultura[carece de fontes].
As melhores terras eram dominadas por famílias ricas (os aristoi, também conhecidos por eupátridas - bem nascidos). A maioria dos camponeses (georgoi) cultivava solos pobres cuja produção de alimentos era insuficiente para atender às necessidades de uma população em crescimento. Uma terceira classe, que não possuía terras, dedicar-se-íam, mais tarde, ao comércio; eram chamados dethetas, marginais. Para fugir à miséria, muitos gregos migravam em busca de terras para plantar e de melhores condições de vida, fundando novas cidades. Assim, no primeiro momento, a principal atividade econômica das colônias gregas foi a agricultura. Posteriormente, muitas colônias transformaram-se em centros comerciais, dispondo de portos estratégicos para as rotas de navegação.
A Hélade começa a dominar lingüística e culturalmente uma área maior do que o limite geográfico da Grécia. As colônias não eram controladas politicamente pelas cidades que as fundavam, apesar de manterem vínculos religiosos e comerciais com aquelas. Predominava entre os gregos sempre a organização de comunidades independentes, e a cidade (cada uma desenvolveu seu próprio sistema de governoleiscalendário e moeda) tornou-se a unidade básica do governo grego.

[editar]Consequências da colonização

Cidades e colônias gregas por volta de 550 a.C..
Socialmente, a colonização do mar Mediterrâneo pelos gregos resultou no desenvolvimento de uma classe rica formada por mercadores (o comércio internacional desenvolvera-se a partir de então) e de uma grande classe média de trabalhadores assalariados, artesãos e armadores. Culturalmente, os gregos realizaram intercâmbios com outros povos.Na economia, a indústria naval se desenvolveu, obviamente, passando a consumir crescente quantidade de madeira das florestas gregas.
As evidências arquelógicas indicam que o padrão de vida na Grécia melhorou acentuadamente (o tamanho médio das área do primeiro andar de residências encontradas por arqueólogos aumentou 5 vezes, de 55 metros quadrados para 230 metros quadrados)[7]. A expectativa de vida aumentou em vários anos assim como a altura média[7]. A população aumentou de 600.000 no século VIII a.C. para em torno de 9 milhões, no século IV a.C.[8]. E tudo isso fez com que no século IV, a Grécia já possuísse a economia mais avançada do mundo [9] e com um nível de desenvolvimento extremamente raro para uma economia pré-industrial, estando em vantagem em alguns pontos se comparada com as economias mais avançadas antes da Revolução Industrial, os países baixos do século XVII e a Inglaterra do século XVIII[9]. Apesar disso, houve concentração fundiária, em algumas cidades essa concentração levou a revoltas e tiranias, em outras a aristocracia manteve o controle graças a legisladores inclementes. Outras cidades permaneceram relativamente igualitárias na distribuição das terras, em Atenas é estimado que entre 7,5-9% dos cidadãos, o grupo abastado, fossem proprietários de 30-35% de todas as terras, e 20% dos cidadãos tinham pouca ou nenhuma terra e os restantes 70-75% dos cidadãos eram proprietários de 60-65% das terras[9], uma distribuição com índice Gini menor do que a renda dos EUA hoje e comparável à distribuição de renda de Portugal.

[editar]Período Clássico

[editar]Guerras Medo-Persas

História (ocidente)
Pré-HistóriaIdade da PedraPaleolítico
Mesolítico
Neolítico
Idade dos MetaisIdade do Cobre
Idade do Bronze
Idade do Ferro
Idade AntigaAntiguidade Oriental
Antiguidade clássica
Antiguidade tardia
Idade MédiaAlta Idade Média
Baixa Idade Média
Idade Média Plena
Idade Média Tardia
século XV
Idade Moderna
século XVI
século XVII
século XVIII
Idade Contemporânea
século XIX
século XX
século XXI

O Período Clássico estende-se entre 480 a.C. e 359 a.C. e é dominado por Esparta e Atenas. Cada um destas Pólis desenvolveu o seu modelo político (a oligarquia militarista em Esparta e a democracia aristocrata em Atenas).
Ao nível externo verifica-se a ascensão do Império Persa Aqueménida quando Ciro II conquista o reino dos medos. O Império Aqueménida prossegue uma política expansionista e conquista as cidades gregas da costa da Ásia Menor. Atenas e Erétria apoiam a revolta das cidades gregas contra o domínio persa, mas este apoio revela-se insuficiente já que os jónios são derrotados: Mileto é tomada e arrasada e muitos jónios decidem fugir para as colónias do Ocidente. O comportamento de Atenas iria gerar uma reacção persa e esteve na origem das Guerras Médicas (490-479 a.C.).
Em 490 a.C. a Ática é invadida pelas forças persas de Dario I, que já tinham passado por Erétria, destruindo esta cidade. O encontro entre atenienses e persas ocorre em Maratona, saldando-se na vitória dos atenienses, apesar de estarem em desvantagem numérica.
Dario prepara a desforra, mas falece em 485, deixando a tarefa ao seu filho Xerxes I que invadiu a Grécia em 480 a.C. Perante a invasão, os gregos decidem esquecer as diferenças entre si e estabelecem uma aliança composta por 31 cidades, entre as quais Atenas e Esparta, tendo sido atribuída a esta última o comando das operações militares por terra e pelo mar. As forças espartanas lideradas pelo rei Leónidas I conseguem temporariamente bloquear os persas na Batalha das Termópilas, mas tal não impede a invasão da Ática. O general Temístocles tinha optado por evacuar a população da Ática para Salamina e sob a direcção desta figura Atenas consegue uma vitória sobre os Persas em Salamina. Em 479 a.C. os gregos confirmam a sua vitória desta feita na Batalha de Platéias. A frota persa foge para o mar Egeu, onde em478 a.C. é vencida em Mícale.

[editar]Guerra do Peloponeso

Liga de Delos (Império ateniense) depois daGuerra do Peloponeso em 431 a.C..
Com o fim das Guerras Médicas, e em resultado da sua participação decisiva no conflito, Atenas torna-se uma cidade poderosa, que passa a intervir nos assuntos do mundo grego. Esparta e Atenas distanciam-se e entram em rivalidade, encabeçando cada um delas uma aliança política e militar: no caso de Esparta era a Liga do Peloponeso e no caso de Atenas a Liga de Delos. Esta última foi fundada em 477 a.C. e era composta essencialmente por estados marítimos que encontravam-se próximos do mar Egeu, que temiam uma nova investida persa. O centro administrativo da liga era a ilha de Delos.
Para poder atingir o seus objectivos a Liga precisava possuir uma frota. Os seus membros poderiam contribuir para a formação desta com navios ou dinheiro, tendo muitos estados optado pela última opção. Com o tempo Atenas afirma-se como o estado mais forte da liga, facto simbolizado com a transferência do tesouro de Delos para Atenas em 454 a.C.. Os Atenienses passam a considerar qualquer secessão da Liga como um acto de traição e punem os estados que tentam fazê-lo. Esparta aproveita este clima para realizar a sua propaganda.
As relações entre as duas póleis atingem o grau de saturação em 431 a.C., ano em que se inicia a guerra. As causas para esta guerra, cuja principal fonte para o seu conhecimento é o historiador Tucídides, são essencialmente três. Antes do conflito Atenas prestara ajuda a Córcira, ilha do mar Jónio fundada por Corinto (aliada de Esparta), mas que era completamente independente. Atenas também decretara sanções económicas contra Mégara, justificadas com base em uma alegada transgressão de solo sagrado entre Mégara e Atenas. Para além disso, Atenas realiza um bloqueio naval à cidade de Potideia, no norte da Grécia, sua antiga aliada que se revoltara e pedira ajuda a Corinto[carece de fontes].
Esparta lança um ultimato a Atenas: deve levantar as sanções a Mégara e suspender o bloqueio a Potideia. Péricles consegue convencer a Assembleia a rejeitar o ultimato e a guerra começa. Os Atenienses adoptam a estratégia proposta por Péricles, que advogava que a população dos campos se concentrasse no interior das muralhas de Atenas; os alimentos e os recursos chegariam através do porto do Pireu. Contudo, a estratégia teve um resultado imprevisível: a concentração da população, aliada a condições de baixa higiene provocou a peste que atingiu ricos e pobres e o próprio Péricles. A guerra continuou até 422 a.C. ano em que Atenas é derrotada em Anfípolis. Na batalha morrem o general espartano Brásidas e o ateniense Cléon, ficando o ateniense Nícias em condições de estabelecer a paz (Paz de Nícias, 421 a.C.). Apesar do suposto cessar das hostilidades, entre 421 e 414 as duas póleis continuam a combater, não directamente entre si, mas através do seus aliados, como demonstra a ajuda secreta dada a Argos por Atenas. Em 415 a.C. Alcibíades convenceu a Assembleia de Atenas a lançar um ataque contra Siracusa, uma aliada de Esparta, em expedição que se revelou um fracasso. Com a ajuda monetária dos Persas, Esparta construiu uma frota, que foi decisiva para vencer a guerra. Na Primavera de 404 a.C. Atenas rende-se.
Esse foi um tempo em que o mundo grego prosperou, com o fortalecimento das cidades-Estado e a produção de obras que marcariam profundamente a cultura e a mentalidade ocidental, mas foi também o período em que o mundo grego viu-se envolvido em longas e prolongadas guerras.

[editar]Ascensão da Macedónia

O reino da Macedónia, situado a norte da Grécia, emerge em meados do século IV a.C. como nova potência. Os macedónios que não falavam o grego e não adoptaram o modelo político dos gregos, eram vistos por estes como bárbaros. Apesar disso, muitos nobres macedónios aderiram à cultura grega, tendo a Macedónia sido responsável pela difusão da cultura grega em novos territórios.
Durante o reinado de Filipe II da Macedónia o exército macedónio adopta técnicas militares superiores, que aliadas à diplomacia e à corrupção, vão permitir-lhe a dominar as cidades da Grécia[carece de fontes]. Nestas formam-se partidos favoráveis a Filipe, mas igualmente partidos que se opõem aos Macedónios. Em 338 a.C. Filipe e o seu filho, Alexandre, o Grande, derrotam uma coligação grega em Queroneia, desta forma colocando a Grécia continental sob domínio macedónio. Filipe organiza então a Grécia em uma confederação, a Assembleia de Corinto, procurando unir os gregos com um objectivo comum: conquistar o Império Persa como forma de vingar pela invasão de 480 a.C[carece de fontes]. Contudo, Filipe viria a ser assassinado por um nobre macedónio em Julho de336 a.C., tendo sido sucedido pelo seu filho Alexandre.
Alexandre concretizou o objectivo do pai, através da vitória nas batalhas de GranicoIsso e Gaugamela, marchando até à Índia. No regresso, Alexandre era senhor de um vasto império que ia da Ásia Menor ao Afeganistão, passando pelo Egipto. Alexandre faleceu de forma prematura (possivelmente demalária[carece de fontes]) na Babilónia em 323 a.C.

[editar]Período Helenístico

Após a morte de Alexandre, os seus generais lutaram entre si pela posse do império. As cidades gregas aproveitam a situação para se livrarem do domínio macedónio, mas foram subjugadas porAntípatro na Guerra Lamíaca (323-322 a.C).
Nenhum dos generais de Alexandre conseguiu reunir o império sob o seu poder. Em vez disso, nasceram vários reinos que seguiriam percursos diferentes: Antígono fundou um reino que compreendia a Macedónia, a Grécia e partes da Ásia Menor; Seleuco, estabeleceu um vasto reino que ia da Babilónia ao Afeganistão e Ptolemeu torna-se rei do Egipto.

[editar]Sociedade e organização política

São inúmeras as diferenças entre a Grécia moderna e a Grécia Antiga. O mundo grego antigo estendia-se por uma área muito maior do que o território grego atual. Além disso, há outra diferença básica. Hoje, a Grécia constitui um país, cujo nome oficial é República Helênica. Já a Grécia Antiga nunca foi um estado unificado com governo único. Era um conjunto de cidades-estadoindependentes entre si, com características próprias embora a maioria das cidades-estado tivessem seus sistemas econômicos parecidos, excluindo-se de Esparta.

[editar]A cidade-estado grega

Acrópole de Atenas com o Partenon no topo.Atenas foi uma das mais influentes e importantescidades-estado grega.
Desde o século VIII a.C., formaram-se pela Grécia Antiga diversas cidades independentes. Em razão disso, cada uma delas desenvolveu seu próprio sistema de governo, suas leis, seu calendário, sua moeda. Essas cidades eram chamadas de pólis, palavra grega que costuma ser traduzida porcidade-estado.
De modo geral, a pólis reunia um agrupamento humano que habitava um território cuja extensão geralmente variava entre algumas centenas de quilômetros quadrados e 10.000 km²[8]. Compreendia uma área urbana e outra rural. Atenas, por exemplo, tinha 2.500 km², Siracusa tinha 5.500 km² e Esparta se estendia por 7.500 km²[8]. A área urbana freqüentemente se estabelecia em torno de uma colina fortificada denominada acrópole (do gregoakrósalta e póliscidade). Nessa área concentrava-se o centro comercial e a manufatura. Ali, muitos artesãos e operários produziam tecidos, roupas, sandálias, armas, ferramentas, artigos em cerâmica e vidro. Na área rural a população dedicava-se às atividades agropastoris: cultivo de oliveiras,videirastrigocevada e criação de rebanhos de cabrasovelhasporcos e cavalos. Este agrupamento visava atingir e manter uma completa autonomia política e social para com as outras poleis gregas, embora existisse muito comércio e divisão de trabalho entre as cidade gregas. É estimado que Atenas importava 2/3 à 3/4[7] de seus alimentos e exportava azeitechumbopratabronze, cerâmica e vinho. No mundo grego encontramos muitaspólis, dentre as mais famosas, temos Messênia, Tebas, Mégara e Erétria. É estimado que seu número tenha chegado a mais de mil no século IV a.C.[8].
A maioria das cidades-estado gregas era pequena, com populações de aproximadamente 20 mil habitantes[8] ou menos na sua área urbana. Mas as principais cidades eram bem maiores, no século IV a.C., essas cidades eram Atenas, com estimados 170 mil habitantes[10] em sua área urbana, Siracusa, com aproximadamente 125 mil habitantes[11]. Esparta tinha apenas 40 mil habitantes.[11] em sua área urbana, sendo uma cidade-estado pouco urbanizada em relação às outras.
Atenas era a maior e mais rica cidade da Grécia Antiga durante os séculos V e IV a.C. Existem relatos da época que reportam um volume comercial externo (soma das importações e exportaçõesdas cidades do império ateniense) da ordem de 180 milhões de dracmas[12] áticos, valor duas ou três vezes superior ao orçamento do Império Persa na mesma época [12].

[editar]Esparta

[editar]Cultura

Os gregos tinham conflitos e diferenças entre si, mas muitos elementos culturais em comum. Falavam a mesma língua (apesar dos diferentes dialetos e sotaques) e tinham religião comum, que se manifestava na crença nos mesmos deuses. Em função disso, reconheciam-se como helenos (gregos) e chamavam de bárbaros os estrangeiros que não falavam sua língua e não tinham seus costumes, ou seja, os povos que não pertenciam ao mundo grego (Hélade).

[editar]Educação em Atenas

Em Atenas, apesar das mulheres também serem educadas para as tarefas de mãe e esposa, a educação era tratada de outra forma, pois até mesmo nas classes mais pobres da sociedade ateniense encontrava-se homens alfabetizados. Eles eram instruídos para cuidarem não só da mente como também do corpo, o que lhes dava vantagem na hora da guerra, pois eram tão bons guerreiros quanto eram estrategistas.[carece de fontes]
Os meninos, quando ainda pequenos - aos sete anos de idade -, já começavam suas instruções na escola e em suas próprias casas. O Pedagogo - um escravo especial - eram escolhidos a orientá-los. Antigos poetas como Homero eram citados em suas aprendizagens.

[editar]Jogos Olímpicos

Estádio em OlímpiaGrécia.
Um exemplo de atividade cultural comum entre os gregos foram os Jogos Olímpicos. A partir de 776 a.C., de quatro em quatro anos, os gregos das mais diversas cidades reuniam-se em Olímpia para a realização de um festival de competições. Esse festival ficou conhecido como Jogos Olímpicos. Os jogos olímpicos eram realizados em honra a Zeus (o mais importante deus grego) e incluíam provas de diversas modalidades esportivas: corridas, saltos, arremesso de discolutas corporais. Além do esporte havia também competições musicais e poéticas.
Os Jogos Olímpicos eram anunciados por todo o mundo grego dez meses antes de sua realização. Os gregos atribuíam tamanha importância a essas competições que chegavam a interromper guerras entre cidades (trégua sagrada) para não prejudicar a realização dos jogos. Pessoas dos lugares mais distantes iam a Olímpia a fim de assistir aos jogos. Havia, entretanto, proibição à participação das mulheres, seja como esportistas, seja como espectadoras.

[editar]Arte

Um dos mais expressivos monumentos do período antigo é o Partenon, templo com colunas dóricas, construído entre 447 e 438 a.C. na acrópole de Atenas, e dedicado à padroeira da cidade, Athenea Párthenos. A construção foi projetada pelos arquitetos Calícrates e Ictinos, e é comandada por Fídias. Suas linhas arquitetônicas serviram de inspiração para a construção de muitos outros edifícios em todo o mundo.

[editar]Religião

A mais alta montanha da Grécia, o Monte Olimpo, em foto de 2005, onde os gregos antigos acreditavam ser a morada dos Doze Deuses.
Os gregos praticavam um culto politeísta antropomórfico, em que os deuses poderiam se envolver em aventuras fantásticas, tendo, também, a participação de heróis (HérculesTeseuPerseuÉdipo) que eram considerados divinos. Não havia dogmas e os deuses possuíam tanto virtudes quanto defeitos, o que os assemelhava aos mortais no aspecto de personalidade. Para relatar os feitos dos deuses e dos heróis, os gregos criaram uma rica Mitologia.
Normalmente, as cerimônias públicas, mesmo de cunho político, eram antecedidas por práticas religiosas, o que reflete a importância da religião entre os gregos antigos. Mas essa religião foi superada pela Filosofia.
Apesar da autonomia política das cidades-estados, os gregos estavam unificados em termos religiosos. Entre as divindades cultuadas estavam: Zeus (senhor dos deuses), Hades (deus do mundo inferior), Deméter(deusa da agricultura), Posídon (deus do mar), Afrodite (deusa do amor), Apolo (deus do sol e das artes),Dionísio (deus do vinho), Atena (deusa da sabedoria), Artêmis (deusa da caça e da lua), Hermes (deus das comunicações), Hera (protetora das mulheres) e muitas outras.
Além dos grandes santuários como os de DelfosOlímpia e Epidauro, havia os oráculos que também recebiam grandes multidões, pois lá se acreditava receber mensagens diretamente dos deuses. Um exemplo claro estava no Oráculo de Delfos, onde uma pitonisa (sacerdotisa do templo de Apolo) entrava em transe e pronunciava palavras sem nexo que eram interpretadas pelos sacerdotes, revelando o futuro dos peregrinos.
Outro fato muito interessante era a existência dos homogloditas, um pequeno povo que vivia nas áreas litoranas do rio mediterrâneo, eles utilizavam a argila para a construção de estatuetas como uma oferenda aos deuses gregos, geralmente ao Dionísio, deus da humildade e da realeza.

[editar]Legado da Grécia Antiga

A cultura da Grécia Antiga é considerada a base da cultura da civilização ocidental. A cultura grega exerceu poderosa influência sobre os romanos, que se encarregaram de repassá-la a diversas partes da Europa. A civilização grega antiga teve influência na linguagem, na política, no sistema educacional, na filosofia, na ciência, na tecnologia, na arte e na arquitectura moderna, particularmente durante a renascença da Europa ocidental e durante os diversos reviveres neoclássicos dos séculos XVIII e XIX, na Europa e Américas.
Conceitos como cidadania e democracia são gregos, ou pelo menos de pleno desenvolvimento na mão dos gregos. Qualquer história da Grécia Antiga requer cautela na consulta a fontes. Os historiadores e escritores políticos cujos trabalhos sobreviveram ao tempo eram, em sua maioria, atenienses ou pró-atenienses, e todos conservadores[carece de fontes]. Por isso se conhece melhor a história de Atenas do que a história das outras cidades; além disso, esses homens concentraram seus trabalhos mais em aspectos políticos (e militares e diplomáticos, desdobramentos daqueles), ignorando o que veio a se conhecer modernamente por história econômica e social. Toda a história da Grécia antiga precisa dar atenção à condução parcial pelas fontes.


O RIGENS DA CIVILIZAÇÃO:


A sociedade cretense era predominantemente urbana. As ruínas encontradas revelam cidades bem planejas, com ruas, calçadas, sarjetas, lojas de comércio e casas luxuosas. Desta cavam-se, entre elas, Cnossos, Faistos, Mália e Tilisso.
Palácio de Cnossos.
A maior parte da população das cidades dedicava-se ao comércio marítimo ou as oficinas artesanais, vivendo modestamente e trabalhando para sustentar o luxo das classes altas.
Parece, no entanto, que em Creta a vida das pessoas comuns era melhor que a de outras comunidades da antigüidade.



O OLIGARQUIA E DEMOCRACIA

Democracia e Oligarquia congregam grandes divergências em suas aparências.
Ao longo do tempo, as civilizações foram responsáveis pela criação de diferentes formas de governo. No mundo contemporâneo, principalmente no que se refere ao Ocidente, existe um grande consenso de que o regime democrático ou democracia seja a melhor e mais justa maneira de organização política já criada. Tal concepção se sustenta, principalmente, na ideia de que o sistema democrático seja mais justo e defenda os princípios de liberdade e igualdade entre os homens. 

Reconhecendo a democracia como o “governo do povo”, acabamos determinando que outras formas de governo sejam menos eficientes e justas. Entre essas outras formas, a oligarquia é um dos modelos que mais se claramente distancia do regime democrático. Afinal de contas, como mesmo diz a sua acepção original, a oligarquia apresenta o “governo de poucos” ou o “governo de uma minoria”. Em muitos casos, essa minoria se confunde com as elites políticas e econômicas de um país ou território. 

Apesar de aparentarem como opostos, oligarquia e democracia são regimes que podem se interpenetrar em algumas situações. Na história do Brasil, por exemplo, vemos que na República Oligárquica a distribuição e a autonomia dos poderes – típicos em uma democracia – conviviam com artimanhas fraudulentas que preservavam os cargos políticos nas mãos de uma reduzida elite agroexportadora. Dessa forma, podemos notar a coexistência de elementos democráticos e oligárquicos em um mesmo regime. 

Ao contrário do que muitos pensam, a ideia de democracia como o governo de uma maioria não nasceu na Grécia Antiga. Em Atenas, o direito ao voto era reservado a uma parcela de cidadãos que não correspondia à maioria dos moradores daquela antiga cidade. Por outro lado, também podemos hoje notar que muitas democracias são rodeadas por sérios problemas. Não raro, os representantes eleitos pelo povo, pela maioria, atuam politicamente em favor de uma abastada minoria. 

Pontuando esses exemplos e análises, percebemos que democracia e oligarquia correspondem a um valor de oposição apenas no campo das teorias. Na prática, os cidadãos devem estar sempre alertas para que um governo de aparências democráticas não avilte o poder a ele concedido por ações escusas e que respondem ao anseio de um único grupo social. Afinal de contas, mais do que uma forma de governo, a democracia é uma experiência dinâmica e sempre inacabada. 

Liberdade e Escravidão: dois lados da mesma moeda

Apresentamos, a seguir, um artigo sobre a liberdade religiosa e a liberdade de consciência, escrito pelo espanhol Rafael Navarro-Valls, catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri e secretário-geral da Real Academia de Jurisprudência e Legislação da Espanha.
***
A liberdade religiosa é a primeira das liberdades, mas liberdade de consciência é a estrela polar que orienta as democracias. Dois lados da mesma moeda.
Um único exemplo. Não muito tempo atrás, reuniram-se em Roma o primeiro líder político do mundo (Barack H. Obama) e a primeira autoridade moral da terra (Bento XVI).  O encontro – em tempo útil – durou cerca de 20 minutos. Destes, oito foram dedicados à objeção de consciência, no contexto da liberdade religiosa.
É sintomático que, ao destacar uma questão que preocupe os dois núcleos mais intensos de poder da humanidade, seja justamente a da colisão entre a consciência e a lei, que evidencia cada vez mais os dramas sombrios gerados em algumas minorias por leis de direto ou indireto perfil ético.
Uma maneira de dizer o que não é a objeção de consciência seria uma espécie de “delírio religioso”, um subproduto jurídico que deveria ser relegado às catacumbas sociais. Pelo contrário, é uma especificação clara do direito fundamental à liberdade de religião e consciência.
Este é precisamente o que acaba de ser concluído em áreas muito diferentes de dois continentes. Por um lado, no contexto da objeção de consciência ao aborto, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (Resolução 1.763, de 2010), vigorosamente proclamou a obrigação de “assegurar o respeito pelo direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião dos provedores de assistência à saúde”.
Por outro, o Peru promulgou sua primeira lei sobre liberdade religiosa (dezembro de 2010), dedicando seu artigo 4 º à proteção da objeção de consciência, quando alguém é forçado a violar uma obrigação legal “por causa de um imperativo moral ou religioso grave ou ineludível”.
O motivo desta espécie de contra-ataque dos direitos humanos traz sua causa em duas razões. A primeira: ventos que sopram em alguns países do Oriente contra a liberdade religiosa.
A segunda: uma concepção de poder – especialmente na Europa, – que está convertendo a lei em um simples procedimento do governo para transmitir indicações ideológicas com precipitação e, por vezes, com vulgaridade.
Quando se pede à comunidade internacional, em nome do Papa, que intervenha “de maneira forte e clara” na proteção da liberdade religiosa, está em jogo é o primeiro lado da moeda, “atônitos diante da intolerância e da violência”.  E quando se denuncia a incontinência normativa do poder, que pretende impor por via legislativa uma filosofia beligerante com as consciências, a moeda é visto do outro lado, aquele que legitimamente multiplica as objeções de consciência como reação.
Há algum tempo, na América, desatou-se a caça às bruxas.  Um de seus objetivos eram os atores de Hollywood. Esta foi a sua reação: “Há muitas maneiras de perder a própria liberdade. Ela pode ser-nos arrancada por um ato tirânico, mas também pode nos escapar dia após dia, imperceptivelmente, enquanto estamos ocupados demais para prestar atenção, muito perplexos ou muito assustados”.
Eles estavam certos!


ESPARTA E ATENAS

Esparta e Atenas
Atenas
Atena, deusa grega que deu nome à cidade.
Esparta e Atenas, ao mesmo que foram as principais cidades  gregas, formaram uma das maiores antíteses da Idade Antiga. As duas cidades eram totalmente diferentes: a maneira de fazer política, a importância da guerra, das artes, da cultura, a mentalidade, etc. 

Esparta fora uma cidade fundada pelos dórios durante o século IX a.C, totalmente diferente de todas as cidades da época. Na verdade, Esparta parecia mais um acampamento militar do que uma cidade. Essa era a principal característica dos espartanos: o seu caráter essencialmente militar. 

Para se ter uma idéia, os espartanos eram educados segundo uma rigorosa disciplina; o objetivo da educação espartana era transformar seus cidadãos em guerreiros fortes, obedientes e competentes. Foi através da guerra que Esparta conquistou diversas cidades; os povos conquistados eram chamados de hilotas. A sociedade era dividida em espartanos, descendentes dos dórios e únicos a ter direitos políticos; periecos, descendente dos aqueus que exerciam atividades ligadas ao comércio e artesanato; e os hilotas, escravos de guerra. 

A começar pela sua fundação, Atenas já diferenciava de Esparta, tendo sido fundada pelos jônios. Os atenienses sobreviviam principalmente da agricultura; também desenvolviam a pesca e o comércio marítimo. A sociedade ateniense era dividida em eupátridas (grandes proprietários de terá), georgói (pequenos proprietários) e dimiurgos (artesões especializados), além de um pequeno número de escravos.

Diferentemente de Esparta, que focava na guerra, Atenas valorizava a educação de seu povo. Isso fez com que a cidade tenha se transformado no centro cultural e intelectual do Ocidente. É em Atenas que surge a filosofia e a democracia, ou seja, a cidade foi o berço do Mundo Ocidental.